Por: Lucas Gabriel Sales – Crefito-3: 195.605-F

Nos últimos anos, houve aumento da busca por academias para promover a melhora da qualidade de vida e o combate ao sedentarismo. Sabemos que a prática regular de atividade física está relacionada à prevenção de doenças crônicas (doenças cardiovasculares, hipertensão, depressão, osteoporose, obesidade, dentre outras), além de desenvolver, não só o aspecto físico, mas também o social.

Alguns estudos observaram que, com o aumento da busca por uma vida saudável, também houve um aumento do número de lesões dentro do ambiente da academia. Um dos estudos observou que a maioria das lesões ocorre na coluna, ombros e joelhos, com maior prevalência no sexo masculino. Ocorreram principalmente durante exercícios de pesos livres (90.4%), como fraturas e luxações, geralmente ocasionadas pela falta de supervisão ou pela execução errada do exercício. Além disso, foi observado que os homens se lesionavam mais do que as mulheres, principalmente no tronco e membros superiores. Já as mulheres, apresentaram mais lesões nos membros inferiores como joelhos e tornozelos.

Lesões musculares

Dentre todas, a lesão muscular aguda foi a mais frequente, ocorrendo cerca de 46% das vezes. As lesões musculares podem ser entendidas como qualquer alteração tecidual que resulte em dor ou desconforto e que promova um mal funcionamento do músculo de forma morfológica ou histoquimicamente. E podem ser classificadas em agudas e crônicas. As agudas são aquelas que ocorrem de forma incidente. A crônica é a lesão aguda que não melhorou dentro de um período de tempo razoável, em torno de 12 semanas.

E como podemos evitar lesões musculares?

Uma boa avaliação prévia, aferindo desequilíbrios/condições preexistentes, levantamento de lesões pregressas e análise de riscos minimizam as chances de lesões futuras. Claro que a correta supervisão e orientação para executar os exercícios, controle correto do volume e intensidade e vestuário adequado, assim como a alimentação e a manutenção adequada do sono, são fundamentais.

Tudo isso só é possível graças ao trabalho multidisciplinar que envolve o médico, fisioterapeuta, educador físico e nutricionista!

E você, já está pronto para iniciar 2018 de forma saudável?

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Referências
KERR, Z.Y.; COLLINS, C.L.; COMSTOCK, R.D. Epidemiology of weight training-related injuries presenting to United States emergency departments, 1990 to 2007. Am J Sports Med. 38(4):765-71. Apr. 2010.
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MUELLER-WOHLFAHRT, H.W. Terminology and classification of muscle injuries in sport: the Munich consensus statement.  Br J Sports Med. 47(6):342-50. Apr. 2013.