Você já deve ter escutado durante alguma transmissão esportiva, já pode ter sentido na pele ou até mesmo visto de alguém que já sofreu uma. Mas o fato é que esse termo não deve ser novo pra você. 

Apesar de ser uma das lesões mais comuns no meio esportivo, muito ainda se confunde sobre o tema. Termos como contratura, contusão e estiramento são comumente utilizados como sinônimos de lesão muscular. Mas afinal o que cada uma delas significa? 

Contratura muscular

É o estado de contração permanente da musculatura. Não é classificado como lesão muscular, pois não há ruptura de fibras, mas pode ser um estado pré-lesão ou um sinal que o músculo está no limite.

Contusão muscular

Termo muito utilizado no ambiente esportivo para sinalizar que o atleta está lesionado. Mas, na realidade, é uma lesão devido a um trauma direto por uma força externa. Nesse caso, pode ou não haver uma lesão do tecido muscular. O maior exemplo é o famoso “tostão ou paulistinha” (depende do seu estado).

Estiramento muscular

É causado por lesão ou ruptura das fibras do feixe muscular, ocasionado pela falha do tecido muscular em absorver tensão durante uma contração muscular vigorosa, seja para gerar potência, ou dissipar energia, mas que geralmente ocorre na fase de desaceleração do movimento.

Músculos biarticulares (que controlam duas articulações), como os famosos posteriores de coxa ou isquiosurais, são os músculos mais comumente acometidos. A junção miotendínea, que é a transição entre o músculo e o tendão, é o local mais prevalente.

Portanto, temos basicamente três tipos de causas das lesões musculares: os traumas direitos (contusões), traumas indiretos (estiramentos) e a lesão induzida pelo exercício ou a famosa dor do dia seguinte, que também é um tipo de lesão muscular (bem leve), mas que trás danos à estrutura da fibra muscular: as micro-lesões.

Quanto ao grau da lesão, temos basicamente três graus: 

G1 – há uma contratura das fibras e poucas fibras dentro do feixe muscular se rompem, o que ocasiona leve incapacidade funcional, dor local, pouco ou nenhum edema presente.

G2 – alguns feixes musculares se rompem, ocasionando moderada perda funcional, com dor local intensa e edema presentes. Pode haver equimose e extravasamento de sangue,  além de uma intolerância à contração do músculo envolvido, bem como ao seu alongamento.

G3 – músculo é rompido como um todo, originando um “gap” no tecido muscular,  palpável. Gera grande perda funcional com dor, edema, equimose e incapacidade intensas.

 

O que causa a lesão muscular?

Ao contrário do ideário popular, a culpa não é do alongamento antes da prática esportiva segundo a literatura desse tipo de lesão. Antes de realizar uma atividade física, o aquecimento é mais importante do que fazer aquele alongamento maroto de poucos segundos. Segundo a literatura específica, além do aquecimento, entre os  fatores de risco podemos considerar: ter tido uma lesão prévia no mesmo músculo, fadiga muscular e a idade. 

Mas não se engane: fazer alongamento antes da prática esportiva e treinar flexibilidade são coisas distintas. Alguns esportes necessitam de grande arco de movimento, como a ginástica artística, atletismo, futebol em determinados momentos, entre outros. E dessa maneira, o treino de ganho flexibilidade é fundamental (e totalmente diferente do alongamento pré atividade física), para que o atleta possa atingir grandes amplitudes e assim, prevenir uma lesão por estiramento, por exemplo.

Os esportes mais suscetíveis às lesões dessa natureza são os que contam com mudança de direção, aceleração e desaceleração no gestual esportivo ou os que têm potência envolvidos, que favorecem esse mecanismo de lesão (futebol, atletismo, tênis, entre outros). 

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