Você provavelmente conhece alguém que já tenha “travado” a coluna. Pior ainda, pode ser que você mesmo já tenha passado por isso.

Mas o que acontece exatamente quando a coluna trava? É, necessariamente, indicativo de que algo mais grave aconteceu na coluna? O que fazer nessa situação?

Existem várias causas para essa sensação de travamento na coluna. Pode ser que algum problema articular, pode ser secundário a algum problema relacionado aos discos – como uma protusão, ou ainda a tão temida hérnia. E, muitas vezes, o travamento ocorre por uma contração muscular excessiva ou desproporcional na região afetada, podendo até não ter nenhuma relação com lesão ou patologia alguma. Apenas uma contração exagerada por algum motivo qualquer, como movimento brusco, ou movimentos repetidos.

Esse espasmo exagerado leva a uma sensação de que a coluna está travando, a musculatura está “embolando” ou contraturando e, obviamente, causa dor, muita dor. E ainda, uma sensação de que se você insistir em se movimentar, a coisa pode piorar e a dor ser ainda mais forte.

E por que esse espasmo?

Na verdade, ele muitas vezes funciona como uma proteção do nosso corpo para algum movimento que pode ter sido considerado como agressivo (seja esse movimento brusco, ou simplesmente uma respiração mais profunda, por exemplo). O problema é que muitas vezes não há a necessidade dessa proteção toda. Os movimentos não costumam causar todo esse mal, mas mesmo assim o corpo entende que deve se proteger e o espasmo muscular acompanhado de dor (como costuma acontecer nesses casos) é uma bela forma de fazer com a gente fique quietinho, pelo menos por algum tempo.

O que fazer então?

Como saber se devo realmente ficar em repouso (são poucos os casos em que isso é de fato recomendado) ou se posso/devo me movimentar? A melhor forma de saber é procurando ajuda. Um médico ou fisioterapeuta, até mesmo um bom educador físico, conseguirão te ajudar nessa situação, indicando se você pode/deve se movimentar ou se é necessário medicação ou algum outro tipo de avaliação. De qualquer forma, podemos adiantar que a grande maioria dos casos evolui muito bem em alguns dias (se a abordagem for correta) e não deixa grandes problemas no médio prazo. Ou seja, o problema muitas vezes não é (ou não deveria ser) tão assustador assim.

Na fisioterapia conseguimos lançar mão de algumas condutas analgésicas, de relaxamento da musculatura e, principalmente, de movimentos seguros que permitem manter sua coluna em movimento (e consequentemente a boa saúde dela) e evitam que uma cinesiofobia (aversão/medo de realizar determinados movimentos, condição relativamente comum em pessoas que já tiveram episódios de travamento) se instale.

Resumindo:

– A coluna pode “travar” por vários motivos. Normalmente, um espasmo muscular de proteção estará associado e ele causa dor;

– Na maioria dos casos, a dor melhora em poucos dias com o tratamento adequado;

– Esse travamento tem tratamento e na maioria dos casos não é indicador que haja uma lesão grave na coluna;

– Procure ajuda (médico, fisioterapeuta) para saber como abordar o problema da melhor maneira possível;

– Assim que possível volte a movimentar-se, isso evita que uma aversão ao movimento se instale.

 

Ainda têm dúvidas? Entre em contato com nossos especialistas!

 

Texto por:
Fábio Conrado, Fisioterapeuta.