A dor lombar representa uma das principais causas de incapacidade e absenteísmos em adultos nas sociedades industrializadas, além de gerar um grande impacto econômico e social.
A lombalgia pode ser definida como “dor ou desconforto entre as margens costais e as pregas glúteas inferiores com ou sem irradiação para os membros inferiores”.
Não é uma doença, é um tipo de dor que pode ter diferentes causas.
Pode ser classificada em três grupos: dor lombar não específica; dor lombar com compressão de raiz nervosa e dor lombar por doenças graves da coluna vertebral.
Em relação à dor lombar não específica, 70 % são relacionadas à dor mecânica e de origem musculoesquelética.
Somente 5% podem ser incluídas no grupo de compressão de raiz nervosa e menos de 1% no grupo de patologias graves de coluna.
A dor lombar mecânica inespecífica é mais prevalente entre 20 e 55 anos. Os sintomas são agravados com alguma atividade física e geralmente aliviam em repouso.
Outra forma de classificar a dor lombar é de acordo com a duração dos sintomas.
A fase aguda tem duração de até 4 semanas, a subaguda de 4 a 12 semanas, e a crônica quando o sintoma ultrapassa 12 semanas.
Definir um diagnóstico para dor lombar não é simples e não deve ser baseado apenas em exames de imagem.
Isso porque, muitas vezes, as alterações presentes nesses exames não são as responsáveis pelo sintoma do paciente, e em caso de dor de etiologia músculo ligamentar, pode não haver alterações de imagem.
Dor lombar aguda
Segundo a American College of Physicians (ACP) até 30% dos pacientes relatam lombalgia persistente até um ano após terem experimentado um episódio de dor aguda.
Em sua última publicação a ACP desenvolveu um guideline baseado em ensaios clínicos controlados randomizados e revisões sistemáticas de estudos.
Esses avaliaram a terapia nas modalidades não-invasiva, não medicamentosa e farmacológica para dor na região lombar em adultos.
Resumindo: a dor lombar aguda tende a se resolver independente da técnica utilizada, seja acupuntura, terapia manual, ou terapia por calor superficial, dando preferência para o tratamento não medicamentoso.
Dor lombar crônica
Para os pacientes com dor lombar crônica, o tratamento efetivo foi o não-farmacológico associado à reabilitação multidisciplinar, prática de atividade física, exercício de controle motor, biofeedback eletromiográfico, manipulação espinhal, acupuntura, redução do estresse baseado na atenção plena, tai chi chuan, ioga e relaxamento progressivo e terapia cognitivo-comportamental.
Aos pacientes com dor lombar crônica, que não respondem ao tratamento descrito anteriormente.
É previsto considerar o tratamento farmacológico com uso de anti-inflamatórios não esteroidais, sempre associado ao restante do tratamento.
Se mantiver ativo é importante, evitando o repouso absoluto e o uso indevido de medicamentos. Se você está preocupado que sua dor possa piorar ou voltar, o fisioterapeuta pode ajudá-lo.
Ele vai individualizar o tratamento para o seu problema específico, com base em uma análise aprofundada e nas prováveis causas de sua dor lombar!